sábado, 7 de maio de 2016

A ILHA DO CORVO QUE VENCEU OS PIRATAS (4)

Paralelamente com o trabalho de reajustar no argumento os novos elementos que colhi na Ilha do Corvo em janeiro de 2016, avancei com a primeira página em definitivo, já com a cor aplicada, para que pudessem ver como toda a história ia ficar depois de pronta para ser publicada em livro.
Para mostrar que nada está em definitivo, mesmo com a aparência de terminado, esta página sofreu entretanto modificação na vinheta 3, pois tive depois informação mais concreta, de que a ermida existente no século XVII, não possuía cobertura de telha, mas sim de colmo e nada a distinguia das outras casas. Também não tinha sino.
Estas descobertas são o resultado de aturadas pesquisas dos amigos que colaboram gentilmente comigo nesta obra, os lentes da Universidade dos Açores João Saramago, linguista, José Neto, arqueólogo, e Carlos Riley, historiador.
O coordenador do Ecomuseu do Corvo, Eduardo Guimarães, também recolhe muita documentação que me fornece.
Uma equipa de luxo a acompanhar-me. Sou uma pessoa com sorte.
Mostro também mais alguns estudos que fiz das fisionomias de pessoas do Corvo, que se prestaram a servir de modelo para as várias personagens incluídas na história.

E a seguir, os esboços das páginas 5, 6 e 7, com o desenrolar da narrativa. Por enquanto vou contando costumes e vivências dos habitantes da Ilha no século XVII, até culminar com o ataque dos piratas e a forte resistência dos corvinos. Mesmo assim, nestes esboços vamos acrescentando constantemente dados novos. Por exemplo, o linguista João Saramago forneceu-me uma lista de termos antigos usados pelos corvinos, e que assentámos fazer parte dos diálogos, com a explicação na base de cada vinheta.
Mas cada um destes doutos especialistas, não se restringe à sua área e colabora no que conhece, indicando livros e documentos onde eu possa colher elementos indispensáveis para que o trabalho fique enriquecido.
Neste momento estamos à volta da reconstituição do interior das casas em 1632, como eram a divisões, onde faziam o fogo nas lajes do lar, sem chaminé para saída do fumo. No próximo artigo mostrarei os estudos para este pormenor importante.



Claro que estes esboços são simples apontamentos informais, sem a preocupação do rigor dos trajos exatos nem das fisionomias que corresponderão depois às dos corvinos que estiveram a posar. Servem apenas para enquadrar as composições nas vinhetas. E é extraordinário como não só as entidades da Ilha, mas também a sua população entenderam perfeitamente a intenção.
Mas o inédito está na participação dos corvinos a darem alvitres e opiniões quanto a atitudes das personagens em certas situações do argumento.

José Ruy
13 de abril de 2016

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